quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Carlos César repudia alusões a “asfixia democrática” nos Açores


Carlos César repudiou hoje veementemente alusões do PSD local a uma “asfixia democrática” nos Açores. O presidente do governo regional, numa sessão da Assembleia Legislativa, devolveu ao maior partido da oposição as acusações feitas, sublinhando que, no tempo em que ele próprio se encontrava na oposição, eram incomparavelmente inferiores os direitos que lhe eram concedidos no parlamento regional.

O governante açoriano confessou ter ouvido, “com perplexidade”, a líder nacional do PSD falar de autonomia e de “asfixia democrática”, dizendo pensar de Ferreira Leite, a propósito de autonomia, “o que dr. Mota Amaral pensava dela e do professor Cavaco Silva há uns anos atrás, ou seja, que ela é tão autonomista hoje como não o era no passado, quando foi ministra das Finanças e quando pertenceu ao governo de Cavaco Silva.

César disse ainda ter pena que Ferreira Leite “se tenha sujeitado, sem qualquer dimensão de Estado, a fazer a figura triste que fez na sua visita recente à região autónoma da Madeira”, criticando a líder social-democrata não só por abusar do poder, utilizando um carro oficial para fazer campanha eleitoral, como por não reagir a afirmações inusitadas do presidente do governo madeirense. “Estranhamente, quando promove, de modo sistemático, o assassínio de carácter de vários políticos do nosso país, quando se mostrou revoltada e até chocada pelo facto do ministro da Economia ter feito um diabinho, agora, perante o verbalismo anglófono do senhor conselheiro de Estado Alberto João Jardim, não se sentiu corada, nem asfixiada”, lamentou César.

O presidente do governo regional, respondendo a perguntas dos deputados, assegurou que é sempre a favor de revisões justas da Lei das Finanças das Regiões Autónomas desde que elas não prejudiquem os Açores. “Dar mais a uma Região sem dar mais, na proporção devida, à outra, é prejudicar os Açores. Dar mais à Madeira, não dando mais aos Açores, é prejudicar o princípio de justiça e dos sobrecustos que representa governar, viver e ter economia nos Açores. E é isso que está em causa.”


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