segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Ilha Terceira lidera ranking nacional de reciclagem de resíduos




A empresa ResiAçores – Gestão de Resíduos dos Açores, responsável, em parceria com os dois municípios da ilha, pela gestão de resíduos da Terceira, ocupa o primeiro lugar, a nível nacional, do ranking de reciclagem desses materiais.

Isso mesmo foi hoje confirmado por um dirigente da sociedade Ponto Verde, que controla os 34 sistemas de valorização de resíduos em todo o território nacional, durante a de inauguração do novo centro de gestão de resíduos da ResiAçores.

A cerimónia foi presidida pelo secretário regional do Ambiente e do Mar, em representação do presidente do Governo.

Falando na ocasião, Álamo Meneses congratulou-se com o trabalho desenvolvido pela empresa, pela montagem “da mais moderna unidade do género na Região” e salientou que “a questão da gestão de resíduos é fundamental para o futuro dos Açores”.

Por isso, o Governo criou o Plano Estratégico de Gestão de Resíduos nos Açores e começou já a investir em estruturas para reciclar e retirar das ilhas da Coesão praticamente todas as espécies de resíduos, e proceder ao aproveitamento, por compostagem, daqueles que não têm viabilidade de reciclagem por outra forma.

No total, o plano prevê um investimento, ao longo de uma década, num valor a rondar os 120 milhões de euros.

Esse trabalho está já em curso, com a construção dos Centros de resíduos da Graciosa e Flores e é a área a que o Governo Regional afectou mais verbas no Plano e Orçamento para 2010. Com estes projectos, pretende-se acabar com os aterros sanitários nas ilhas menos populosas.

Álamo Meneses anunciou, também, que o executivo está a preparar uma revisão geral do enquadramento legal relacionado com esta problemática, e denunciou “maus hábitos ancestrais” que fazem com que ainda se verificam muitos casos de depósito de lixos em locais não autorizados por todas as ilhas, situação que, garantiu, “vai ser combatida” com intensidade.

O governante lembrou, também, que o empenhamento do Governo, das autarquias e das empresas não é suficiente para garantir a maximização do aproveitamento e valorização dos resíduos, sendo para isso “essencial que cada um de nós, em sua casa, proceda a uma cada vez melhor separação” dos lixos.

Para além da melhoria ambiental do arquipélago que a reciclagem e exportação dos resíduos representam, Álamo Meneses salientou, também, as oportunidades de negócio e criação de emprego que lhes estão associadas, “num contributo importante para o desenvolvimento dos Açores”.



GaCS/FA

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