quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Carlos César reafirma o seu apoio à Secretária Regional do Trabalho e da Solidariedade Social



O Presidente do Governo dos Açores reiterou hoje que da conduta da Secretária Regional do Trabalho e da Solidariedade Social “não resultou qualquer favorecimento do seu filho ou qualquer favorecimento pessoal” no caso da atribuição de uma bolsa para o curso de piloto-aviador.

Falando na Assembleia Legislativa, Carlos César acrescentou que também não houve excepcionalidade, nem intencionalidade em benefício próprio, pelo que – repetindo o que já afirmara em relação a esse assunto – disse não ter dúvidas “sobre a seriedade, sobre o carácter íntegro e sobre a entrega ao serviço público da senhora Secretária do Trabalho e da Solidariedade Social.”

O governante lembrou que a bolsa em causa poderia ter sido atribuída e, até, em montante superior, como aconteceu a muitas outras, independentemente da alteração introduzida, pelo que faria mais sentido discutir possíveis alterações ao regime que regula a concessão de apoios aos estudantes – que admitiu poder necessitar de correcções – do que lançar suspeições infundadas.

Aliás, Carlos César fez questão de salientar que o Governo Regional “continua a poder ter como bandeira, nos Açores, um grande conquista a favor da ética na política, que é a de, em mais de uma década de actividade governativa, nunca ter sido conhecida qualquer acção ou situação que configurasse corrupção ou abuso de poder”, um património da governação de que o Partido Socialista” continua a poder orgulhar-se.

Dizendo falar para “os acusadores e os caluniadores em geral”, sejam eles partidários ou da comunicação social, frisou que “hoje em dia o que parece mais é lançar acusações, boatos, calúnias” e que a acusação fica para sempre, mas a demonstração da sua falsidade não dura mais do que um momento.

“Esse terreno perverso é fértil, não só nos partidos políticos, como em alguns órgãos de comunicação social, não tenhamos dúvidas disso”, realçou, dando alguns exemplos de peças jornalísticas, como a de um jornal que inventou a contratação de um pretenso familiar de um membro do anterior Governo para o seu Gabinete, ou como a da televisão pública, em que foram utilizadas expressões suspeitosas e adjectivação mais próprias do debate político do que de um trabalho jornalístico isento.

“Há jornais e jornalistas assim, que merecem a nossa censura e que não são inimputáveis em democracia. Nós temos o direito e, até, o dever de denunciar a mentira e a distorção que é metedologicamente organizada para influenciar a opinião pública”, sublinhou.

Assegurando estar à vontade com a comunicação social, porque nunca beneficiou da orientação informativa de órgãos da comunicação social, nem pediu qualquer favor a qualquer jornalista, fez questão de dizer que também não pede licença, nem pedirá, para dizer o que pensa sobre os órgãos de comunicação social ou sobre a sua conduta.”

Concluindo, reafirmou que “o que é indesmentível, afinal, é a notícia de que o filho da senhora Secretária, sem a dita portaria, poderia ter tido a bolsa ou, até, poderia ter tido uma bolsa maior. Ou seja, a realidade, afinal, é a anti-notícia.”


GaCS/CT

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