sexta-feira, 24 de setembro de 2010

É preciso conhecer, sentir e evidenciar as potencialidades das Regiões Ultraperiféricas




O Subsecretário Regional dos Assuntos Europeus e Cooperação Externa defendeu, quinta-feira, em Ponta Delgada, a necessidade de as Regiões Ultraperiféricas continuarem a merecer um tratamento muito especial por parte da União Europeia, porque são regiões que dispõem de áreas potenciais no domínio da investigação e da inovação.

Rodrigo Oliveira, que falava na sessão de encerramento do seminário Instrumentos Financeiros Comunitários para a Investigação e Inovação nas Regiões Ultraperiféricas, que decorreu na ilha de São Miguel, numa parceria entre o Governo Regional dos Açores e a Comissão Europeia, precisou o seu entendimento, perguntando que melhor resultado para a União Europeia do que ter nas suas regiões mais periféricas, autênticos laboratórios, pontes de disseminação de tecnologia e pontes transatlânticas de conjugação de esforços, de programas, de apoios e de incentivos.

Para o subsecretário regional, este é o grande desafio para que as Regiões Ultraperiféricas reforcem, ainda mais, o seu papel, quer em áreas em que já constituem um exemplo europeu, quer na exploração de novos potenciais temáticos.

O seminário, integrado no Plano de Comunicação do Programa Operacional dos Açores para a Convergência, teve como fundamento essencial transmitir um panorama geral de todos os instrumentos comunitários que estão ao serviço da Investigação e da Inovação na União Europeia junto de potenciais utilizadores e beneficiários.

Na oportunidade, o governante açoriano referiu que os Açores trabalham com a Comissão Europeia, desde 2007, na estruturação política de uma estratégia renovada para as Regiões Ultraperiféricas. Nesse ano, a Comissão abriu um debate sobre o futuro da relação entre a União Europeia e as Regiões Ultraperiféricas. O principal objectivo, prosseguiu Rodrigo Oliveira, foi a mudança de um paradigma, ou seja, passar-se de uma consideração de regiões encaradas como “regiões de problemas” para uma situação de “regiões de oportunidades”, identificando-se áreas de possibilidades e de mais-valias que permitirão um processo de coesão reforçado com o resto da própria União Europeia.

Esta mudança de paradigma foi acolhida pela Comissão Europeia, importando, agora, na opinião do subsecretário regional, olhar para as regiões e reforçar-lhes o apoio, num espírito de parceria, para os sectores que são, de facto, promissores.

Concluiu Rodrigo Oliveira, que muitas vezes, as Regiões Ultraperiféricas são vistas por números e estatísticas, mas elas são muito mais do que isso - é preciso conhecer, sentir, perceber e evidenciar as suas potencialidades.



GaCS/JMB

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