terça-feira, 28 de setembro de 2010

Governo vai avançar com projecto de apoio às pequenas indústrias de lacticínios e queijarias do arquipélago



O Secretário Regional da Agricultura e Florestas revelou hoje, na Horta, que o Governo dos Açores vai avançar com um projecto de apoio às pequenas indústrias de lacticínios e queijarias do arquipélago.

A informação foi avançada por Noé Rodrigues no final de uma reunião com parceiros sociais, especialistas da área da investigação científica e técnica e funcionários de serviços oficiais destinada à apresentação do projecto “Apoio Técnico à Melhoria dos Produtos Lácteos dos Açores”.

Segundo referiu o governante, a ideia é apoiar as queijarias do Pico, Faial, Flores, Corvo e, eventualmente, São Jorge a ultrapassarem as dificuldades que aquelas unidades industriais sentem em áreas relacionadas com a investigação e laboratórios, bem como a evoluírem “na qualidade e na padronização” dos seus produtos.

Dos objectivos a alcançar com este programa, Noé Rodrigues destacou ainda a necessidade de garantir “novos processos de abordagem do mercado” e definir as características nutricionais dos produtos, um aspecto que considerou ser “uma forma muito importante de comunicar com o consumidor e de valorizar produtos regionais”.

Questionado sobre a falta de leite com que se debatem as ilhas mais pequenas, o Secretário da Agricultura e Florestas sublinhou que o aumento da produção nessas ilhas passa necessariamente pela valorização dos produtos lácteos.

É através da valorização dos produtos que se consegue remunerar melhor a produção de leite, observou Noé Rodrigues, lembrando ainda que, ao remunerar-se melhor a produção de leite, está-se a criar também uma actividade mais produtiva.

Sobre a reunião realizada segunda-feira em Ponta Delgada com os principais agentes da fileira da carne, o Secretário da Agricultura e Florestas adiantou ter ficado acordado avançar-se com um projecto de caracterização da carne açoriana, tendo como parceiros o INOVA (Instituto de Inovação Tecnológica dos Açores) e o INETI (Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, IP), que têm uma grande capacidade de investigação laboratorial.

Concluído esse trabalho, prosseguiu o governante, poderemos então, com essa informação científica e experimental, “alicerçar um argumentário diferente para os nossos agentes económicos abordarem o mercado, fazendo apelo ao consumidor para a qualidade impar da nossa produção e para o seu valor nutricional”.


GaCS/FG

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