quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Governo vai desenvolver programa para potenciar melhoria da produção leiteira na ilha do Pico



O Secretário Regional da Agricultura e Florestas anunciou hoje, na Horta, que o Governo dos Açores vai desenvolver um programa no sentido de “potenciar a melhoria da produção leiteira” na ilha do Pico.

A informação foi avançada por Noé Rodrigues no final das reuniões que manteve esta manhã, em separado, com as direcções da LactoPico e da Associação Agrícola da Ilha do Pico.

Para o governante, invertida que foi a situação negativa que existia na LactoPico, a questão que se coloca agora é a de aumentar a produção leiteira da ilha, já que o produto saído daquela unidade “está a encontrar bom mercado”.

Noé Rodrigues lembrou, a propósito, que tal só tem sido possível graças ao investimento feito na melhoria das condições de funcionamento daquela unidade industrial e à colocação no mercado do queijo “Mistério”, um produto mais valorizado, que tem trazido melhoria da facturação, expansão de mercado e uma mais-valia aos resultados operacionais da LactoPico.

Quanto à melhoria da produção bovina, o Secretário da Agricultura e Florestas frisou que a mesma só se consegue através da melhoria genética do efectivo pecuário, de um investimento sempre atento no seu estatuto sanitário e da renovação das pastagens, adiantando que o Executivo já tem aprovado “um programa que se desenvolverá em pastagens dos baldios do Pico”.

“Temos também protocolo assinado com entidades do conhecimento no sentido de podermos caracterizar a nossa carne nos Açores e permitir que os operadores tenham estratégias de valorização e de produção mais interessantes”, acrescentou ainda Noé Rodrigues.

De acordo com o Secretário Regional da Agricultura e Florestas, a grande aposta do sector agrícola deve centrar-se na “valorização daquilo que produzimos”, razão pela qual é imperioso melhorar as pastagens e a produção de forragens, para assim podermos reduzir a importação de matéria para alimento animal.

“ Vamos ter previsivelmente um ano de 2011 com alguma turbulência nos mercados e temos que ter muita atenção a isso”, alertou Noé Rodrigues, que defendeu um “esforço constante e conjunto” no sentido de melhorarmos a nossa capacidade de produzir matéria de alimentação animal “para sermos mais autónomos”.

O Secretário da Agricultura e Florestas sublinhou ainda que a forma de sermos “mais eficientes é tornarmo-nos mais autónomos e menos dependentes relativamente a essas importações”.



GaCS/FG

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