Em relação ao Comunicado do PSD Açores, subscrito pelo Deputado Mark Marques, ontem divulgado, sobre o sector cooperativo leiteiro da ilha de São Jorge, a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas esclarece o seguinte:
Durante mais de duas décadas, o PSD Açores, enquanto Governo, sujeitou o sector cooperativo leiteiro de São Jorge a uma gestão partidária e ruinosa, que deixou as cooperativas falidas, o queijo de São Jorge sem qualidade e os produtores a receberem o dinheiro do seu leite com mais de 18 meses de atraso. Ano e meio de atraso. Foi obra!
A prova da gestão partidária e danosa a que o PSD Açores submeteu as cooperativas de São Jorge durante mais de 20 anos foi a herança que deixou: queijarias obsoletas e sem o mínimo de condições higio-sanitárias para a produção do queijo, com as elevadas e consequentes quebras de produção de queijo destinado à lixeira; produtores sem receberem o produto do seu trabalho; dívidas astronómicas das cooperativas à banca; desorganização do sector cooperativo, com cada um a fazer o que queria multiplicando os custos de produção e de comercialização do queijo de São Jorge e total desânimo e desagregação dos agentes da cadeia de valor do queijo de São Jorge.
Foi para combater a desgraçada herança que o PSD Açores deixou em São Jorge, que os governos do Partido Socialista, em permanente concertação com as cooperativas de São Jorge, delinearam e executaram o plano de recuperação da fileira do queijo de S. Jorge:
- Outorgando e cumprindo com as cooperativas de São Jorge, o processo do seu saneamento financeiro e do seu desendividamento, sem o qual não poderia haver novas fábricas;
- Apoiando a modernização fabril através da construção de três novas unidades com todas as condições higio-sanitárias necessárias à produção de queijo, impostas por normativos comunitários;
- Apoiando a melhoria e o aumento da capacidade de armazenagem e conservação do queijo, e melhorando o apoio financeiro à armazenagem;
- Apoiando a integração comercial das cooperativas como única forma de valorizar e promover o queijo de S. Jorge junto dos mercados.
Os ganhos obtidos com este processo de regeneração da fileira do leite de S. Jorge estão à vista de todos: melhoria da qualidade do queijo produzido; diversificação de produtos; fim das cobranças duvidosas; conquista de novos mercados e, até, na promoção e divulgação do queijo de São Jorge em meios áudio-visuais de dimensão Nacional.
E a verdade é que tudo isto se tem alcançado com as cooperativas geridas por dirigentes livremente eleitos, muitos consabidamente não socialistas!
A verdade é que não há qualquer comparação entre a triste herança recebida do PSD Açores e o património criado pelas cooperativas de São Jorge com os governos do Partido Socialista.
GaCS/MS
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