sábado, 24 de setembro de 2011

Carlos César faz balanço muito positivo da visita do Presidente da República às cinco Ilhas da Coesão


O Presidente do Governo dos Açores disse ontem, na Fajã Grande – no fecho da visita do Presidente da República às cinco Ilhas da Coesão – que a passagem de Cavaco Silva por Santa Maria, Graciosa, São Jorge, Flores e Corvo tinha corrido muito bem.

“É verdade que, pelo formato utilizado, não proporcionou uma maior proximidade com as pessoas, com as empresas, com as dificuldades da nossa economia, e também com os seus sucessos, mas, ainda assim, foi uma boa oportunidade de o Presidente da República se aperceber do trabalho que estamos a fazer.”

Revelando ter gostado muito de verificar que Cavaco Silva considerou as políticas de desenvolvimento adoptadas pelo Governo Regional nas Ilhas da Coesão como correctas e a surtir efeitos, Carlos César disse ter sentido isso como um encorajamento.

O Presidente do Governo dos Açores recusou, por outro lado, a ideia de haver “uma tensão especial” com o Presidente da República, assegurando que sempre teve o comportamento de elogiar aqueles que estão a favor dos Açores e de criticar aqueles que considera não estarem a ajudar o desenvolvimento dos Açores ou a estimularem uma incompreensão.

“Durante a discussão do Estatuto fui claro nessa matéria. Entendi que o Presidente da República estava a estimular um sentimento nacional contra as autonomias e contra os Açores em particular”, sublinhou, para logo acrescentar que, se fez essa denúncia na altura, voltaria a fazê-la hoje se essa discussão se repetisse.

Reafirmando que a visita do Presidente da República foi muito positiva, disse ter considerado que “estava muito bem posicionada esta ideia do Presidente da República de focalizar a sua atenção nas Ilhas da Coesão e, aliás, quando me disseram que ia a Ponta Delgada, até pensei que era Ponta Delgada aqui das Flores.”

Dos Açores, Cavaco Silva levará, na opinião de Carlos César, a mensagem clara de que “nós fazemos um grande esforço para desenvolver harmoniosamente os Açores, de que nós gerimos as nossas finanças públicas com grande sentido de rigor, de que nós não fazemos mais porque não temos mais dinheiro, ou seja, que nós adoptamos aquele velho princípio das famílias açorianas de só comprarmos o que podemos pagar.”

Para o Presidente do Governo dos Açores, “isso é algo que abona os Açores e que na actualidade portuguesa é, aliás, uma circunstância não muito frequente.”


GaCS

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