quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Secretária da Educação diz que Bloco de Esquerda não quis ser esclarecido


A Secretária Regional da Educação e Formação criticou a forma como o Bloco de Esquerda falou do processo de encerramento de escolas na Região.


Em declarações aos jornalistas, à margem dos trabalhos no plenário do parlamento açoriano, Cláudia Cardoso explicou que o Bloco de Esquerda, ao apresentar um voto de protesto acerca do encerramento de escolas, nunca pretendeu ser esclarecido em relação a este processo, uma vez que os membros do governo não podem usar da palavra aquando da apresentação e debate de votos de protesto apresentados na Assembleia.


Para a Secretária Regional, todos os argumentos apresentados pelo Bloco de Esquerda “caem por terra quando este partido escolhe a figura regimental que escolheu para este debate ou seja, escolhe a figura do voto de protesto quando sabe que o governo não tem a possibilidade de intervir”.


A governante disse ainda que a questão do encerramento de escolas “fica encerrada apenas num voto apresentado pelo Bloco de Esquerda que ainda por cima não deu ao Governo a oportunidade do contraditório ou seja, de se poder defender e explicar como tinha sido feito o processo”.


A titular da pasta da Educação afirmou por isso que “quem tanto acusa o governo de falta de diálogo, optou por não permitir que o Governo falasse num debate parlamentar o que me parece lamentável e claramente denunciador da capacidade democrática porque em boa verdade, quem quer ser esclarecido, permite que o Governo o faça”.


A Secretária Regional salientou ainda que o processo de reestruturação da rede escolar açoriana foi um “processo longo maturado e em concertação estreita com as unidades orgânicas. Todas as escolas e os órgãos executivos sugeriram escolas que achavam que não reuniam condições para continuar em funcionamento e, em absoluta concertação com a tutela, foram decididas aquelas que deviam encerrar”.


Um processo que, para Cláudia Cardoso, correu de forma satisfatória, uma vez que “como se viu publicamente no início do ano, não tivemos nenhum problema nem nenhum atropelo”.


A governante lembrou ainda que “todos os sistemas de recolha de alunos estavam atempadamente acertados, todas as escolas já tinham um sistema de recolha de alunos, muitas vezes em um ou dois locais da freguesia e por vezes até indo ao ponto de fazer a recolha na própria casa do aluno para os transportar para a escola”.


Recorde-se que todos os alunos deslocados devido ao encerramento da escola que frequentavam têm direito a transporte e alimentação gratuitos.



GaCS

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