segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Açores reforçam trajectória convergência com níveis médios do País e da Europa


O Vice-presidente do Governo assegurou hoje, na Assembleia Legislativa, que os Açores estão a reforçar “uma trajectória convergente com os níveis médios de produção e rendimento do País e da Europa”.



De acordo com Sérgio Ávila, esta realidade é comprovada pelos mais recentes dados publicados pelo Serviço Nacional de Estatística, indicando que os Açores já atingiram 77% da média per capita do Produto Interno Bruto da União Europeia e 96% da média nacional.


Estes indicadores “consolidam a nossa convicção que estamos no caminho certo”, afirmou o Vice-presidente do Governo, na apresentação das propostas de Plano Anual Regional e de Orçamento da Região para 2012.


O governante lembrou, todavia, que apesar do executivo açoriano tudo estar fazer para minimizar o efeito da crise que se vive à escala europeia, em 2012 iremos enfrentar “novas dificuldades e constrangimentos externos”, na sequência da implementação das medidas adicionais tomadas pelo Governo da República.


Sérgio Ávila sublinhou também que esta realidade “é ainda mais agravada pela incapacidade crescente dos bancos financiarem as empresas e as famílias”, adiantando que os bancos, no primeiro semestre deste ano, não só não canalizaram um cêntimo como retiraram dos Açores 67 milhões de euros.


Para se ter uma ideia do impacto real desta contração do crédito bancário na economia açoriana, em 2007 os bancos tinham introduzido na Região “620 milhões de euros líquidos através do financiamento às empresas e às famílias”, indicou o Vice-presidente.


Segundo explicou, o efeito dessa desalavancagem da banca na Região é “idêntico ao impacto que teria na Região se num ano não se concretizasse qualquer investimento público”.


“Temos consciência de que, em 2012, as famílias e as empresas açorianas terão dificuldades acrescidas”, admitiu Sérgio Ávila, acrescentando porém que o objectivo do Governo “é fazer tudo” o que estiver ao seu alcance, dentro das nossas disponibilidades e dos nossos recursos, para “minimizar os efeitos desta conjuntura externa.


Quanto às prioridades para 2012, o Vice-presidente do Governo disse que as mesmas passam por “reforçar o valor reprodutivo da despesa pública e os seus efeitos na sustentabilidade económica e na competitividade das empresas açorianas e na criação de emprego”, a par do reforço dos “recursos destinados a assegurar a protecção e a solidariedade social dos açorianos”.


“Felizmente para os açorianos, vivemos na única parte do território nacional que tem a possibilidade de disponibilizar recursos para minimizar os efeitos na Região das medidas restritivas tomadas a nível nacional”, observou Sérgio Ávila, afirmando que tal só é possível “porque soubemos ser equilibrados na gestão das finanças públicas regionais”.


Para o governante, “valeu a pena” os Açores terem sido responsáveis, rigorosos e transparentes nas suas contas públicas, já que, agora, podem “continuar a apoiar as famílias e as empresas que mais precisam”.


Com um valor global de 1.436 milhões de euros, a proposta de Orçamento da Região para o próximo ano, deduzindo as contas de ordem e operações de refinanciamento, traduz-se na disponibilização de recursos no montante de 1.079 milhões de euros.



GaCS

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