quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Papel das regiões em contexto de crise está no centro do debate sobre a Europa


O Presidente do Governo dos Açores, Carlos César, manifestou esta tarde, em Ponta Delgada, a sua convicção de que as regiões estão no centro do debate sobre a Europa, no presente contexto de crise.

Falando aos jornalistas no final de uma audiência com a Presidente da Assembleia das Regiões da Europa, Michèlle Sabban, o chefe do executivo açoriano disse que o papel das regiões “neste contexto de crise europeia está no centro do debate sobre o futuro da Europa”.

Segundo Carlos César, a realização, nos Açores, da Assembleia das Regiões, que se inicia amanhã, é importante porque “nós acreditamos que, a par de uma uniformização e de uma melhor eficiência de uma governação a nível europeu”, bem como um reforço do papel do Banco Central Europeu e também de uma maior convergência de objectivos orçamentais nos diferentes Estados da União, ”é importante preservar a coesão e identidade europeias”.

Neste âmbito, sublinhou, “as verdadeiras infra-estruturas da coesão e da democracia na Europa são as regiões” e o “desafio” é a forma de “cumprir a missão dessas regiões no futuro europeu que estará verdadeiramente em causa”.

Esta reunião magna é também importante para os Açores porque “é uma forma de dar a conhecer a centenas de responsáveis de regiões e países europeus a nossa realidade, a nossa especificidade” e reafirmar “o nosso empenhamento no contexto europeu”, salientou Carlos César.

Sobre os trabalhos da Assembleia, o chefe do executivo açoriano disse que, numa fase em que se discutem tem “as questões envolventes da política regional”, nomeadamente o envelope financeiro, “é importante dar força às regiões, no contexto da definição do futuro quadro financeiro plurianual e das políticas de coesão territorial europeias”.

Carlos César pronunciou-se, ainda, sobre as perspectivas futuras da União Europeia, manifestando a sua convicção de que haverá uma tendência para reforçar as instituições centrais europeias, acompanhada por um reforço das instituições democráticas de base que são as regiões, em detrimento de alguma perda de poder dos Estados.


GaCS

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