sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Carlos César diz que há aspetos positivos e negativos no Acordo da Concertação Social e diz compreender a opção assumida pela UGT


O Presidente do Governo dos Açores, Carlos César, em declarações hoje prestadas a diversos órgãos de comunicação social, considerou que o acordo recentemente subscrito no âmbito da concertação social, apesar de excessivamente penalizante para a maioria dos trabalhadores por conta de outrem e de estar demasiado confinado às dificuldades financeiras da conjuntura, tem também dimensões positivas para a economia empresarial interna, para os investidores e para a confiança nos mercados externos.



Afirmando também que compreende e achou bem que a UGT não se tivesse dissociado da negociação e do seu resultado final, considera importante o Acordo assinado, mas diz que é preciso renegociar no sentido de assegurar maiores convergências.


Na sua opinião, o acordo “é importante porque dá bons sinais à economia empresarial interna e porque dá bons sinais, também, de estabilização e de concertação aos mercados externos, e essas são duas mensagens importantes numa altura em que precisamos de confiança dos investidores e em que precisamos de transmitir garantias àqueles que nos financiam.”


Para Carlos César, também é importante a presença da UGT no acordo, de modo a integrar na sua execução uma entidade que garanta a sua vigilância, do ponto de vista da defesa dos interesses dos trabalhadores. ” A defesa dos trabalhadores em Portugal não deve estar apenas sedeada nas ruas e deve-se fazer o mais possível perto das instituições e perto do poder de decisão”. Realçou, por isso, que não critica a posição da UGT de aderir e de se incluir nesta concertação.


Em todo o caso, Carlos César considera que “falta neste acordo um sentido de política para o crescimento, um sentido estratégico e um sentido que transmita segurança”, pelo que seria bom que “houvesse mais crescimento, mais estratégia e mais segurança onde está hoje mais austeridade, mais preocupações de conjuntura e mais desregulação.”


Portanto, este acordo não é um documento que seja “a solução para o país e uma boa solução de conjuntura para os portugueses, mas pode ser o princípio de uma renegociação que aproxime mais vontades e que fomente maiores convergências para, justamente, uma estratégia de crescimento e de sustentabilidade nacionais”, frisou Carlos César.



GaCS

Sem comentários: