O Governo dos Açores inaugurou hoje o primeiro Centro de Noite da ilha do Faial, que permitirá a permanência de idosos no seu meio natural de vida, evitando ou adiando desta forma a sua admissão em lar.
Num investimento público superior a 451 mil euros, o equipamento, com capacidade para acolher oito idosos, visa ainda disponibilizar um serviço de acolhimento personalizado, durante o período noturno.
A Secretária Regional do Trabalho e Solidariedade Social, Ana Paula Marques, que presidiu, em representação do Presidente do Governo, à inauguração do centro de noite do Centro Comunitário do Divino Espírito Santo dos Flamengos, considerou mesmo a obra como “um sinal inequívoco da nossa capacidade de responder aos desafios que se colocam aos poderes públicos e às comunidades face às novas realidades que derivam do aumento da população idosa e do seu progressivo envelhecimento”.
“Vivemos tempos de profundas mudanças a vários níveis, o que torna indispensável a criação de novas respostas para atender às diferentes necessidades dos mais velhos numa perspetiva inclusiva”, afirmou a governante regional, destacando que a construção deste equipamento se insere precisamente nessa preocupação, e que “doravante o Faial passa a dispor de recursos que permitem atender um conjunto de necessidades até há pouco tempo não satisfeitas”.
“É certo que as últimas décadas se caracterizam por grandes mudanças, mas também é certo que os Açores souberam acompanhar tais transformações, quer pelo aumento da capacidade de resposta, quer pela mudança de paradigma de intervenção fortemente orientado pelos valores da cidadania”, acrescentou.
Referindo-se ainda ao investimento governamental em matéria de respostas sociais, a Secretária Regional sublinhou “o forte incremento registado ao nível da capacidade e diversidade das respostas na área social”, que, no entender de Ana Paula Marques, “é revelador das prioridades deste Governo, em termos de investimento, as quais se encontram fortemente orientadas para a promoção das condições de vida dos cidadãos, em particular dos mais vulneráveis”.
Segundo Ana Paula Marques, a evolução verificada reflete-se no reforço da capacidade existente e na criação de novas respostas, bem também no “forte investimento direcionado para a qualificação das diferentes valências de modo a que possam responder de forma adequada à diversidade das necessidades dos seus públicos”.
Nos últimos 14 anos, o número de valências para a terceira idade mais que duplicou, passando de 105 para 216, abrangendo 8.081 utentes, referiu.
Apesar do investimento realizado pelo Governo no reforço da rede de equipamentos sociais, a governante regional realçou ainda a importância do contributo de todos.
“Todos estamos convocados, na nossa qualidade de cidadãos, a promover uma cultura de participação que contribua para a construção de comunidades mais solidárias e coesas capazes de responder às novas realidades geradas pelas profundas alterações que o mundo protagoniza e nessa medida também como uma referência para os mais novos”, concluiu.
GaCS
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