sábado, 18 de fevereiro de 2012

Participação açoriana no Projeto COSTA ajuda Portugal a afirmar-se na Europa


A participação dos Açores num projeto de criação de uma rede europeia de abastecimento de navios com gás natural liquefeito (LNG) – projeto COSTA – “ não se relaciona apenas com o acesso ao conhecimento que resultará deste trabalho. Há nesta área um potencial de atividade económica que deve ser acompanhado logo desde fase inicial”, defendeu, esta sexta-feira, em Ponta Delgada, o Secretário Regional da Economia, Vasco Cordeiro.



O governante, que falava na apresentação pública nacional deste projeto, envolvendo autoridades portuárias de Portugal, Itália, Espanha, Reino Unido, Alemanha e Grécia, salientou o trabalho de parceria desenvolvido entre a empresa Portos dos Açores e o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), considerou esta iniciativa de grande importância na estratégia da Região para o Mar, motivo pelo qual levou a que “fosse acompanhada desde o início”. “Quer pela sua importância para nós enquanto região arquipelágica, mas também porque nos permite, desde fase inicial, acompanhar as questões e as tendências que a nível europeu se vão desenhando” no desenvolvimento desta rede de abastecimento de navios por LNG, referiu.

Além disso, acrescentou o governante, “esta participação permite que os Açores continuem a afirmar-se como um parceiro privilegiado ao nível europeu nas matérias relacionadas como Mar”. “Participámos desde a fase inicial nos debates da Política Marítima Europeia e neste projeto, como noutros, também queremos participar desde a sua fase inicial”, acrescentou o Secretário Regional da Economia,

Assim, reforçou, “este projeto vem também demonstrar que quando falamos da importância do Mar dos Açores para o país e para a sua projeção internacional não nos estamos a referir a algo de etéreo. É algo que pode ter uma concretização muito prática, muito concreta”. “Se é certo que o facto dos portos dos Açores não estarem presentes neste projeto poderia não o invalidar também não é menos verdade que o facto de estarem presentes vem trazer um valor acrescido à presença e ao interesse de Portugal neste processo”, disse.

De facto, acrescentou Vasco Cordeiro, “os Açores são, sob a esmagadora maioria dos critérios, uma pequeníssima região da Europa, mas há um critério no qual se afirmam como uma autêntica potência europeia: o Mar e o seu potencial para toda a União Europeia”.

“Estratégias concretizadas desta forma, com uma postura pró-ativa, presente, interveniente e em parceria com as respetivas entidades nacionais constituem o caminho para o aproveitamento deste potencial pelos Açores” defendeu Vasco Cordeiro salientando, no entanto, que “se esse potencial traz projeção e esta afirmação ao país deve a própria Região colher também os benefícios ou parte dos benefícios do trabalho que resulte desta afirmação e desta projeção”.

“Este é um ponto de partida e agora depende da capacidade das entidades para afirmar a importância do país nesta temática que se ajuizará do sucesso desta presença e deste esforço”, concluiu.


GaCS

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