segunda-feira, 26 de março de 2012

Açores com bom desempenho nos Censos da Agricultura


O Secretário Regional da Agricultura e Florestas, Noé Rodrigues, disse hoje, em Ponta Delgada, na sessão de abertura da “Reunião Técnica de Agricultura Biológica”, que os Açores como região agrícola apresentaram indicadores muito satisfatórios nos últimos censos da agricultura portuguesa.



Na última década de 1999 a 2009, na Região não houve abandono de terras ao contrário do que se verificou nas restantes regiões agrícolas do país, 85 % dos solos foram melhorados enquanto no Continente 75% dos solos não tiveram, nesse período, qualquer intervenção técnica, salientou o governante.


Também, a dimensão económica das explorações agrícolas cresceram mais do que 70,4% do que a média nacional, e os Açores são a região do país com mais jovens no setor e com uma taxa de alfabetização superior, elementos que representam o bom caminho que o arquipélago tem trilhado, realçou Noé Rodrigues.


Os dados revelam, igualmente, que os Açores têm uma taxa de produtividade duas vezes e meia à média nacional no que diz respeito, à produtividade por unidade de trabalho anual, indicadores que deixa satisfeito o executivo açoriano.


Contudo, é necessário aparar algumas arestas de forma a ajustar a agricultura açoriana às novas realidades do mercado, segundo disse, hoje ser agricultor é assumir um conjunto de responsabilidades, é possuir formação e muita informação e saber utilizá-la em benefício da sua atividade, tornando-a rentável e economicamente sustentável.


Para além da produção de leite e de carne, com forte expressão na Região, também as áreas da diversificação estão a ganhar terreno, é o caso da floricultura, fruticultura e horticultura, sublinhou o Secretário Regional da Agricultura e Florestas.


Só no ano passado, o Governo Regional apoiou cerca de 830 hectares dessas culturas, um crescimento que em quatro anos foi superior a 102%, isto é, uma área com um potencial muito grande, admitiu Noé Rodrigues.


A agricultura biológica tem desempenhado um papel primordial, no aumento das áreas de diversificação, segundo revelou, no arquipélago existem 43 agricultores certificados porém, o governante espera, que no futuro este número cresça e que ela se afirme no mercado, pois temos condições propícias para tal aconteça.


O grande desafio, que agora se coloca, é conciliar a produção às necessidades do mercado, através das grandes cadeias de distribuição e o Governo Regional, assegurou Noé Rodrigues, irá servir de intermediário e continuar a prestar todo o apoio no sentido de trabalharmos com sucesso em prol da produção regional.



Anexos:


GaCS

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