As políticas do Governo dos Açores na área social são no sentido de apoiar dignamente quem precisa, criando infraestruturas e fomentando parcerias que deem, de facto, resposta às diversas necessidades no sector.
A ideia foi reiterada hoje, na Praia da Vitória, pela Secretária Regional do Trabalho e Solidariedade Social, precisando que “nós não queremos caridade, queremos um Estado Social de pleno direito”, porque as pessoas “precisam de ter direitos que são constitucionalmente adquiridos”.
Ana Paula Marques falava na cerimónia de apresentação do projeto do Centro de Atividades Ocupacionais da Associação de Pais e Amigos das Crianças com Deficiência do Concelho da Praia da Vitória, uma obra que vai ter início brevemente, financiada pelo Governo Regional, no valor de cerca de 2,2 milhões de euros, a instalar num lote na cidade praiense cedido pela Câmara Municipal.
“Essa coisa de quererem acabar com aquilo que é bom para aqueles que mais precisam não é a nossa referência, não é a nossa matriz de pensamento político”, enfatizou a governante, acrescentando que o Governo sabe que “temos uma excelente rede de apoio social e que ela foi construída, não pelo excesso de protecionismo, como dizem alguns”, mas para trabalhar para “uma sociedade mais equitativa, mais solidária, com uma visão mais próxima das pessoas e das famílias”.
Sobre o empreendimento que agora vai ter início, Ana Paula Marques elogiou a arquitetura e a boa distribuição de espaços, bem como a facto de promover a inclusão, pela localização na malha urbana e pelo intercâmbio que vai proporcionar entre os utentes com deficiência e a população em geral, nomeadamente através do centro de reabilitação que comporta, aberto à comunidade.
A Secretária Regional sublinhou, ainda, o facto de o projeto não prever a construção de uma cozinha industrial, por não ser necessária, uma vez que “é possível criar sinergias”, recorrendo a outras instituições da cidade que podem prestar esse serviço, poupando-se, assim, ao não gastar dinheiro em valências que já existem.
O novo edifício dará resposta imediata a 30 utentes no Centro de Atividades Ocupacionais e contará com 12 quartos, alguns duplos, de residência permanente ou pontual, entre outras valências e espaços comuns.
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