segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Carlos César: “Havia um silêncio e uma omissão incompreensíveis”


Dezassete meses depois de iniciada simbolicamente a construção do Centro de Atividades Ocupacionais da Santa Casa da Misericórdia da Ribeira Grande, o novo equipamento foi ontem inaugurado por um Carlos César que não escondeu a sua satisfação por mais um compromisso cumprido.

“A satisfação é ainda maior quando desse cumprimento da palavra dada resulta, diretamente, a melhoria das condições de vida e do acesso a direitos básicos das pessoas em situações mais vulneráveis, como acontece neste caso”, disse.

Para o Presidente do Governo dos Açores, se a igualdade plena é uma utopia tão desejada quanto irrealizável, os responsáveis devem, no entanto, empenhar-se “em construir uma sociedade que não consinta desigualdades intoleráveis e segregadoras.”

E se, como também sublinhou, “o apoio imprescindível às pessoas com deficiência, ou com doença degenerativa ou em situação de dependência por motivo de doença mental, não se esgota na criação de equipamentos e de novas valências”, a verdade é que têm sido dados passos importantes “nas capacidades criadas para lidar com essas insuficiências e com esses desafios.”

Carlos César lembrou que havia, há pouco mais do que uma década, “um silêncio e uma omissão incompreensíveis” no tratamento das questões relacionadas com as áreas da reabilitação e do apoio à pessoa com deficiência, situação que se alterou radicalmente.

“De então para cá, criámos mais de três dezenas de valências e equipamentos sociais por todas as ilhas de apoio nestas áreas, investindo, por exemplo, este ano, mais de 10 milhões de euros”, precisou.

O Centro de Atividades Ocupacionais hoje inaugurado, que representou um investimento superior a dois milhões de euros, é já o quarto equipamento que entra em funcionamento no concelho da Ribeira Grande – onde, em 1996, não havia nenhum – e vem reforçar o conjunto de respostas neste âmbito em toda a região.

“Ficamos agora com dezassete centros de atividades ocupacionais devidamente equipados, ao mesmo tempo que diversificamos respostas, designadamente através da criação de centros de atendimento, transportes adaptados e lares residenciais para pessoas com deficiência”, afirmou o Presidente do Governo Regional.

Lembrando que já teve início a construção do lar residencial da Santa Casa Misericórdia das Velas, em S. Jorge, e que estão a ser preparados os procedimentos para outras duas estruturas similares noutras ilhas, sublinhou que esse é “um percurso que é essencial continuar para termos e vivermos numa sociedade mais inclusiva e menos desigual.”

Convicto de que “a consciência dessa necessidade está presente no pensamento e na ação da maioria dos açorianos”, Carlos César concluiu saudado todos os que estão mais diretamente envolvidos neste trabalho complexo e entusiasmado que desenvolvemos nos Açores a favor das pessoas com deficiência e das suas famílias.”



GaCS

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