sábado, 29 de setembro de 2012

Governo promoveu ação de informação sobre gestão cinegética e cães de caça nos Açores


O Secretário Regional da Agricultura e Florestas assistiu, sexta-feira à noite, a uma sessão de esclarecimento sobre gestão cinegética e cães de caça, numa iniciativa que contou com a presença de mais de 100 caçadores.

No evento, que decorreu em Vila Franca do Campo, foi ainda apresentado o livro “Gestão de recursos cinegéticos no arquipélago dos Açores - O Coelho-bravo”, uma edição do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, da Universidade do Porto (CIBIO-UP) e da Direção Regional dos Recursos Florestais (DRRF), dando a conhecer alguns aspetos da biologia e ecologia desta espécie, bem como todos os trabalhos desenvolvidos para a caracterização da população e da sua abundância relativa que contaram com a colaboração de técnicos, guardas florestais e caçadores, de diversas ilhas dos Açores.

Foram também divulgadas as ações desenvolvidas pelo Governo Regional que permitem a gestão dos recursos cinegéticos disponíveis, por forma a assegurar uma regular oferta de caça através da manutenção de efetivos das espécies em valores sustentáveis.

Os presentes tiveram a oportunidade de conhecer os métodos utilizados pela DRRF para a aferição dos níveis de abundância para as principais espécies coelho e codorniz, e que se baseiam muito em contagens (censos) antes e depois do ato venatório e recolhas de dados e de opinião junto dos caçadores.

Ferramentas de gestão importantes são os Calendários Venatórios, cujo objetivo é o de, para cada uma das ilhas do arquipélago, indicar aos caçadores quais as espécies que podem ser capturadas, o período em que a sua caça pode ser exercida, o número de peças que podem ser abatidas, os locais onde a caça é permitida e os processos que podem ser utilizados.

A sessão contou ainda com uma apresentação por técnicos da Divisão de Veterinária, que abordaram a questão da vacinação, da identificação e do licenciamento de canis, referindo a necessidade de se proporcionar melhores condições de bem-estar animal, no caso específico aos cães de caça.

Os caçadores foram ainda informados da aprovação, pelo Conselho de Governo, de uma alteração do regime da gestão sustentada dos recursos cinegéticos na Região, onde é alargado para 12 o número máximo de cães que podem ser utilizados no exercício da caça, correspondendo deste modo ao pretendido pelos caçadores, sem prejuízo dos princípios da gestão sustentável dos recursos cinegéticos da Região, o qual entrará em vigor após publicação em Jornal Oficial.



GaCS

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