As florestas nativas dos Açores têm sido invadidas devido à introdução de espécies de flora estranhas aos ecossistemas locais, o que dificulta a sobrevivência da flora endémica e autóctone, reduzindo também o habitat natural das espécies de animais endémicos.
Para inverter este quadro, a Secretaria Regional dos Recursos Naturais, com o apoio dos Serviços Florestais do Nordeste, que cederam o necessário plantio, avançou com a reflorestação daquela área através da equipa operacional do Parque Natural de Santa Maria, tendo plantado Uva da Serra, Louro da Terra e Folhado, espécies endémicas dos Açores.
Esta fase de plantio dá seguimento aos trabalhos de remoção de flora invasora, iniciados em 2011 através do programa PRECEFIAS (Plano Regional de Controle de Flora Invasora em Áreas Sensíveis), numa pequena área do Pico Alto, tendo-se então removido essencialmente conteiras e incenso com recurso a combate mecânico e químico.
A Área Protegida para Gestão de Habitats e Espécies do Pico Alto, integrada no Parque Natural de Santa Maria, é considerada um 'Hotspot' de Biodiversidade pela comunidade científica açoriana devido à elevada concentração de espécies endémicas no local.
O Pico Alto constitui a área da ilha com a floresta mais próxima do que seriam as florestas originais dos Açores, constituídas por Pau Branco, Folhado, Uva da Serra, Louro da Terra e Urzes, que constituem o habitat ideal para as inúmeras espécies de caracóis, aranhas e escaravelhos que existem apenas nesta área.
Estes animais endémicos do Pico Alto são a principal razão do seu estatuto de conservação e o argumento principal para a preservação da floresta nativa.
No âmbito do Programa + Endémicas, que tem como objetivo primordial associar os cidadãos aos projetos de conservação da natureza promovidos pela Secretaria Regional dos Recursos Naturais, pretende-se com brevidade incluir nestes trabalhos de reflorestação grupos de voluntários de entidades locais governamentais e particulares.
GaCS
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