sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Governo dos Açores constrói novo centro de acolhimento temporário e emergência para pessoas sem-abrigo

A Secretária Regional da Solidariedade Social anunciou hoje, em Ponta Delgada, que o Governo dos Açores vai avançar com a construção de um novo centro de acolhimento temporário e de emergência para pessoas sem-abrigo, numa iniciativa em parceria com a Cáritas de São Miguel e a Associação Novo Dia.

Piedade Lalanda salientou que este investimento visa potenciar “a ocupação e a reabilitação das pessoas por via, também, da sua atividade e competências”, acrescentando que prevê a possibilidade de acolhimento de emergência para homens e mulheres, na vertente 'Drop In', e o acolhimento de homens a nível temporário.

O futuro espaço, que será implementado no terreno das atuais instalações do centro de acolhimento da Cáritas, na rua Pintor Domingos Rebelo, em Ponta Delgada, destina-se a acolher pessoas sem-abrigo da ilha de São Miguel e a “aumentar a atual capacidade” de resposta social deste equipamento.

A Secretária Regional falava aos jornalistas no final de uma vista às instalações do centro de acolhimento de pessoas sem-abrigo da Cáritas, onde foi assinado um acordo entre as várias entidades envolvidas.

“A estrutura de acolhimento de emergência é flexível e permite também a passagem do sem-abrigo numa situação mais difícil da vida”, afirmou Piedade Lalanda, para quem o facto de se viver uma situação de crise faz com que os “mais fragilizados, a todos níveis, acabam, muitas vezes, por procurar na rua o refúgio para essa situação de instabilidade e fragilidade”.

A Secretária Regional considerou, no entanto, que o facto de as pessoas viverem na rua “não é motivo” para que não sejam recuperadas, de modo a que “a rua não se transforme num espaço definitivo, mas seja apenas uma situação provisória, transitória, na vida dessas pessoas”.

“Ninguém tem que se sentir condenado por ser um sem-abrigo”, frisou. 

Com estas estruturas, o Governo dos Açores pretende promover sinergias entre as associações, frisou Piedade Lalanda, que considerou ser “muito importante rentabilizar recursos e não apostar numa lógica assistencialista”.

Nesse sentido, defendeu a necessidade de “promover a autonomia das pessoas, a sua própria capacidade de reconstruir, neste caso, a sua vida”, acrescentando que “é esta a verdadeira política social”.

“Colocar as pessoas de mão estendida, a serem apoiadas, não me parece que seja a forma de nós combatermos as desigualdade sociais e, neste caso, combater a condição de sem-abrigo”, acrescentou Piedade Lalanda.

O centro para acolhimento temporário e de emergência de pessoas sem-abrigo da Caritas e a Associação Novo Dia acolhem atualmente cerca de meia centena de pessoas.

Anexos:
2013.11.22-SRSS-VisitaCentroAcolhimentoCáritas.MP3

GaCS

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