quinta-feira, 22 de maio de 2014

Luís Neto Viveiros defende que o território rural “deve ser um espaço de oportunidades”

O Secretário Regional dos Recursos Naturais defendeu hoje, na Horta, que o território rural “deve ser um espaço de oportunidades”, frisando que, além da agricultura, ele engloba atividades como o comércio, a indústria ou a pesca.

“A agricultura faz, de facto, parte do nosso território rural, mas este engloba muito mais atividades, como sejam o comércio, a indústria, a pesca e tantos outros”, afirmou Luís Neto Viveiros, para quem o território rural deve ser “um espaço de oportunidades de emprego, de educação, de formação, de apoio social, de todas as atividades básicas para a permanência dos seus habitantes”.

“Pensar o mundo rural, é perspetivar as políticas públicas para um território, que cada vez mais exige que quem governa responda a questões dos setores mais vulneráveis da nossa sociedade e, por conseguinte, que tenha uma resposta para as populações que decidem viver nestes territórios”, frisou Luís Neto Viveiros, na sessão de abertura do Encontro do Mundo Rural 2014, no Parque de Exposições da Ilha do Faial.

Neste contexto, assegurou que “o Governo dos Açores tem uma preocupação constante com todos os territórios do arquipélago, sejam eles mais ou menos ruralizados”, considerando que “faz sentido diversificar” a agricultura, muitas vezes para “atividades paralelas, com valor económico associado”.

Luís Neto Viveiros apontou como exemplos “o turismo em espaço rural e a criação de pequenas empresas de transformação de leite ou de frutas, entre muitas outras”.

“Cabe aos atores locais, nomeadamente às organizações de produtores, ter uma visão bem definida e uma missão objetiva sobre como contribuir para que o mundo rural não seja apenas um espaço físico, mas sim um espaço de oportunidades, capaz de gerar riqueza para os pequenos territórios”, defendeu o Secretário Regional.

Segundo Luís Neto Viveiros, essas organizações “trabalham diariamente com as necessidades das suas zonas, com os anseios dos seus associados, auscultam muitas dificuldades, apontam muitos caminhos e, por isso, têm que ter um papel fundamental na focalização dos investimentos que se fazem na agricultura, porque estes terão repercussões nas pequenas economias locais”.

Na sua intervenção, destacou ainda a importância do novo Programa de Desenvolvimento Rural que estará em vigor até 2020, o PRORURAL+, que constitui “um exemplo de como o desenvolvimento de uma região, de um território ou de uma localidade não se faz só com políticas puramente ligadas à produção primária”.

“Faz-se com as florestas, com a formação profissional, com a indústria, com o melhoramento em infraestruturas fundiárias, com a criação de pequenas empresas que criam postos de trabalho e serviços de proximidade”, afirmou.

“Neste novo quadro que agora se inicia, importa também consolidar o caminho percorrido e implementar estratégias que permitam reduzir a nossa dependência alimentar das importações, aumentar as exportações, procurar e conquistar novos mercados, garantir maiores rendimentos e contribuir, assim, decisivamente para a criação de mais emprego”, frisou o Secretário Regional.

Para Luís Neto Viveiros, “o mundo rural é um vasto horizonte de oportunidades, saibamos nós, todos nós, ser empreendedores, inovadores, e ter um espírito facilitador, utilizado como valioso instrumento de concretização de ideias de negócio”.

Relativamente ao Encontro do Mundo Rural que hoje começou, o Secretário Regional elogiou a sua realização, considerando que se trata de “um evento com um tema alargado, a pensar em toda a população”.

Anexos:

GaCS

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