quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Luís Cabral anuncia implementação da Unidade de Saúde Pública de S. Miguel

O Secretário Regional da Saúde anunciou hoje, na Ribeira Grande, “o nascimento da Unidade de Saúde Pública de São Miguel”, que tem por objetivo servir “não só na componente de implementação de medidas, mas de observatório de ilha sobre as várias ações do Plano Regional de Saúde”.

Na primeira reunião desta entidade, que decorreu no Centro de Saúde da Ribeira Grande, Luís Cabral salientou que a sua criação foi possível porque “o Executivo Açoriano conseguiu, felizmente, captar recursos humanos especialistas nesta área”.

A Unidade de Saúde Pública de S. Miguel, prevista no Plano de Ação para a Reestruturação do Serviço Regional Saúde e, por enquanto, pioneira no arquipélago, é constituída por quatro especialistas em saúde pública, que “vão dinamizar toda a componente da atividade de saúde pública na ilha”, frisou Luís Cabral.

Esta era uma das preocupações que o Governo Regional tinha devido à “escassez de médicos nesta área”, afirmou o Secretário Regional, acrescentando que, além de dois especialistas que agora incorporaram a Unidade de Saúde de Ilha, foram também convidados dois especialistas do continente, “dentro do sistema de incentivos que o Governo Regional implementou” e que aceitaram vir trabalhar para os Açores nesta área.

“Vamos ter especialistas a definir políticas de saúde pública, de uma forma técnica, bem fundamentada, com a formação necessária nesta área, para que os planos regionais de saúde possam ser cada vez mais planos de saúde pública efetivos para a população e que se comece também a sentir o impacto dessas medidas”, salientou o Secretário Regional da Saúde.

Por outro lado, Luís Cabral explicou que a atividade dos médicos desta especialidade abrange “uma população específica-alvo e as medidas que desenvolvem como médicos não são tão direcionadas a cada um dos utentes, mas sim medidas de impacto na comunidade”.

Essas iniciativas vão desde o controlo e higiene das infeções, nomeadamente nas infeções multirresistentes, um acompanhamento das diferentes bactérias e diferentes vírus que estejam em circulação, de forma a se poder estabelecer a sua monitorização, mas também medidas de contenção.

Como exemplo, realçou o caso do Ébola, salientando que “é através das Unidades de Saúde Pública que são desenhadas as medidas de contenção, para que a comunidade não venha a sofrer com essas infeções”.

Esta Unidade vai abranger igualmente a sensibilização nas áreas da obesidade e da diabetes, na prevenção dos maus-tratos e nos traumatismos infantis, atividades que serão monitorizadas para uma maior eficácia.

Quanto à extensão destas unidades às restantes ilhas do arquipélago, Luís Cabral afirmou que primeiro é necessário aprender com a experiência desta, que depois “será replicada nas diferentes ilhas, à medida que formos tendo também recursos humanos”.


Anexos:
2014.08.14.SRS-UnidSauPublicaSM.mp3

GaCS

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