sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Fausto Brito e Abreu destaca importância da continuidade do trabalho realizado pelo projeto Ilhas Santuário para as Aves Marinhas

O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia destacou hoje, no Corvo, a importância que o Governo dos Açores atribui ao trabalho desenvolvido no âmbito do projeto LIFE Ilhas Santuário para as Aves Marinhas, facultando, por isso, condições financeiras e meios para que a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) possa prosseguir com essas ações.

“Na perspetiva do Governo Regional, o projeto deve continuar, foi objeto de financiamento comunitário no âmbito do Programa LIFE e, nesse contexto, foi reconhecido pela Comissão Europeia como um dos melhores projetos europeus”, frisou Fausto Brito e Abreu, em declarações à margem da cerimónia de assinatura de um protocolo envolvendo as secretarias regionais do Mar, Ciência e Tecnologia e da Agricultura e Ambiente, a Câmara Municipal do Corvo e a SPEA. 

Fausto Brito e Abreu salientou que o financiamento da continuidade do projeto, através da Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, e a disponibilização de recursos, por mais dois anos, por parte dos restantes parceiros justifica-se com a importância e as mais-valias deste projeto.

“Em primeiro lugar, promove a conservação do meio marinho, nesta caso em terra, através da conservação de aves marinhas”, frisou o Secretário Regional, acrescentando, em segundo lugar a componente científica e a tecnologia aplicada, nomeadamente “com a construção de uma barreira que evita que predadores, gatos e ratos, em particular, tenham acesso aos ninhos das aves marinhas”.

Fausto Brito e Abreu destacou também o facto de este projeto ter sido "essencial para vários estudos científicos que usam a sua infraestrutura como laboratório natural".

“Há, depois, uma vertente muito importante de sensibilização da população do Corvo, em particular escolas e das camadas mais jovens que se tornam adeptos de aves marinhas”, salientou Fausto Brito e Abreu, referindo que os jovens passam a participar em outros projetos, como o SOS Cagarro.

Fausto Brito e Abreu referiu-se ainda ao contributo relevante dado pelo projeto para que a ilha do Corvo se constitua atualmente como uma referência internacional no turismo ornitológico.

“A ilha do Corvo é muito famosa na comunidade de observadores de aves”, afirmou.

O projeto Ilhas Santuário para Aves Marinhas permitiu implementar no Corvo duas áreas protegidas dedicadas à conservação de aves marinhas, além de uma outra no Ilhéu de Vila Franca do Campo, em São Miguel.

Este projeto, considerado pioneiro para a conservação destas colónias de aves marinhas, foi cofinanciado pelo Programa LIFE+ da Comissão Europeia e coordenado pela SPEA, em parceria com o Governo dos Açores, contando com o apoio da Royal Society for the Protection of Birds e da Câmara Municipal do Corvo.

A construção de uma cerca na Reserva de Baixa Altitude do Corvo, a primeira do género na Europa, permitiu erradicar os predadores de crias de cagarro, como ratos e gatos, além da recuperação do habitat das aves marinhas com a plantação de plantas nativas e a erradicação de invasoras

Entre 2009 e 2013, foram replantadas mais de 25 mil plantas nativas criadas em estufa, tendo sido também testadas com sucesso técnicas inovadoras para o censo de aves marinhas, nomeadamente através de contagens por radar ou por aparelhos de gravação automática de cantos.


Anexos:


GaCS

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