quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Vasco Cordeiro quer medidas imediatas face ao impacto registado pela redução de familiares na Base das Lajes

O Presidente do Governo dos Açores reafirmou hoje a necessidade de serem tomadas “medidas imediatas” que permitam reduzir o impacto que já se faz sentir na economia da ilha Terceira, na sequência da retirada das famílias que acompanhavam os militares norte-americanos da Base das Lajes.

“Por essa razão, insistimos e consideramos ser fundamental avançar, desde já, com um Plano de Revitalização Económica que pudesse acudir a esta situação”, frisou Vasco Cordeiro, em declarações aos jornalistas depois de ter acompanhado o Primeiro Ministro numa visita aos Açores, que incluiu uma reunião com a Comissão Representativa dos Trabalhadores portugueses daquela base.

O Governo dos Açores espera que, com a monitorização que este assunto está merecer, o Plano de Revitalização possa ser considerado de outra forma pelo Governo da República, adiantou Vasco Cordeiro, salientando que, nesta visita aos Açores, foi dada uma resposta negativa à necessidade de se avançar já com este Plano.

O Presidente do Governo reiterou, ainda, que a adoção dessas medidas urgentes não deve, no entanto, afastar as atenções de um problema que “continua em aberto com os EUA e que deve merecer toda a atenção e todo o cuidado da parte do Estado português”.

“Esta não é uma questão militar, é uma questão da relação diplomática entre dois países e vamos ver se essa relação diplomática centenária merece, ou não, a consideração e o respeito da parte dos EUA para que não se chegue a uma situação de, pura e simplesmente, reduzir a base, ignorando o impacto que isso provoca nas famílias e nas empresas da ilha Terceira”, alertou.

Num balanço à visita de Pedro Passos Coelho aos Açores, o Presidente do Governo salientou que o dossier relativo à revisão das Obrigações de Serviço Público de Transporte Aéreo entre os Açores e o continente e a Madeira ficou encerrado, mas num outro conjunto de assuntos apenas ficou o “compromisso de continuar a trabalhar”, apontando os exemplos do Serviço Público de Rádio e Televisão, da Universidade dos Açores, das quotas leiteiras e das funções do Estado na Região.

“Naturalmente, se o Governo dos Açores apresentou, com antecedência, um conjunto de pretensões, gostaria que tivessem sido respondidas, principalmente nas matérias que têm a ver muito claramente com a solidariedade nacional”, afirmou Vasco Cordeiro.


Anexos:
2014.10.29-PGR-BalançoVisitaPM.mp3
GaCS

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