quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Governo promove boas práticas para impedir disseminação da doença que afeta coelhos na Graciosa

A Diretora Regional dos Recursos Florestais anunciou, em Ponta Delgada, alterações ao calendário venatório em S. Miguel, relativamente à caça de coelho-bravo, bem como iniciativas destinadas a informar a população da Graciosa sobre os comportamentos a adotar na sequência do aparecimento da Doença Hemorrágica Viral entre a população de coelhos nesta ilha.

“A DRRF, que tem acompanhado a evolução da doença através da realização diária de vistorias, recolha e eliminação dos cadáveres, como forma de eliminar potenciais focos infeciosos, vai publicar, até ao final desta semana, um folheto informativo sobre a forma de atuar perante a deteção de animais mortos por esta doença”, revelou Anabela Isidoro, destacando a necessidade de evitar o contacto direto com coelhos mortos, avisar de imediato os Serviços Florestais locais, prevenir a disseminação para os coelhos domésticos e promover a desinfeção de calçado, vestuário, ferramentas e o interior das viaturas.

Com o mesmo objetivo, a Direção Regional de Agricultura está a preparar medidas preventivas para acautelar a disseminação da doença, nomeadamente a colocação de cartazes informativos em locais públicos.

“Esta doença, apesar de muito contagiosa para os coelhos, não é transmitida ao ser humano ou a outras espécies animais”, afirmou Anabela Isidoro, frisando, no entanto, que “não deve ser consumida a carne de coelhos infetados e deve-se proceder à recolha e eliminação dos animais mortos”.

Anabela Isidoro falava terça-feira, no final de uma reunião com representantes de movimentos associativos ligados à agricultura, caça, floresta e ambiente, em que também participou a Federação Agrícola dos Açores, durante a qual foi feito um ponto de situação relativamente ao aparecimento da Doença Hemorrágica Viral (variante RHDHV2) na Graciosa, que originou a interdição de qualquer ato venatório nesta ilha.

Relativamente à necessidade de promover um maior esforço de caça sobre o coelho-bravo em S. Miguel, nas zonas onde esta espécie cinegética tem causado prejuízos nas culturas agrícolas, foi dado parecer positivo nesta reunião, em que também participaram os elementos do Conselho Cinegético de Ilha, à alteração ao calendário venatório.

Nesse sentido, durante o mês de janeiro, a caça ao coelho-bravo estará aberta em toda a ilha de S. Miguel às quintas-feiras, domingos e feriados, até às 15h00, com um limite de seis coelhos por caçador.

Em fevereiro, para direcionar o esforço de caça para zonas de culturas hortícolas, a caça estará aberta na Zona 1 às quintas-feiras, domingos e feriados, do nascer ao pôr-do-sol, com um limite de 10 peças por caçador.



GaCS

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