sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Vasco Cordeiro afirma que decisão do Congresso dos EUA sobre as Lajes é um “sinal político forte”

O Presidente do Governo considerou que a decisão de hoje da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos de voltar a pedir uma avaliação específica da importância da Base das Lajes, no âmbito das leis orçamentais da Defesa para 2015, constitui um “sinal político forte” dado pelo Congresso norte-americano.

“Não nos podemos esquecer das  particularidades que o sistema político norte-americano tem relativamente a este tipo de matérias, mas é claramente um sinal político forte que aguardamos que, desde logo ao nível do estudo a realizar pelo Departamento da Defesa, tenha a devida repercussão”, afirmou Vasco Cordeiro, em declarações aos jornalistas, salientando a atenção que esta questão tem merecido de um conjunto de Congressistas, alguns com fortes ligações aos Açores.

Na legislação aprovada hoje na Câmara dos Representantes dos EUA, os Congressistas reafirmam a necessidade de um estudo sobre a eficácia das Lajes nas ações de suporte do posicionamento dos EUA no exterior e requereram, especificamente, ao novo Secretário da Defesa que justifique por que razão a Base das Lajes não será uma localização preferencial para a colocação de forças especiais ou de componentes de AFRICOM.

Na prática, a Administração dos Estados Unidos está impedida de reduzir pessoal militar na Base das Lajes até que estes estudos estejam concluídos, assim como fica inviabilizada a utilização de verbas do Orçamento da Defesa de 2015 para o encerramento de infraestruturas nesta base.

Para Vasco Cordeiro, a posição hoje tomada pela Câmara dos Representantes confirma a aceitação por parte da maioria do Congresso dos argumentos que têm sido aduzidos quanto à importância da Base das Lajes.

“Apesar do importante facto desta votação, temos de aguardar, agora, os desenvolvimentos que esta matéria terá no âmbito da Administração Norte-americana”, alertou o Presidente do Governo, ao recordar que o ponto de partida deste processo foi uma decisão consumada dos EUA e comunicada a Portugal para a redução do efetivo militar na base da Ilha Terceira.

“Estou satisfeito com este passo, mas tenho a perfeita consciência que não é este passo que resolve o desafio que temos pela frente ou anula os efeitos que já se fazem sentir na economia da ilha Terceira quanto à saída das famílias dos militares norte-americanos da Base”, frisou Vasco Cordeiro.

Anexos:
2014.12.12-PGR-BaseLajes.mp3

GaCS

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