quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Interdição de caça alargada às ilhas de Santa Maria e Faial

A Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente, através da Direção Regional dos Recursos Florestais, decidiu alargar a proibição de caça a Santa Maria e ao Faial devido à Doença Hemorrágica Viral (DHV) dos coelhos, assim como determinar a aplicação de medidas preventivas que têm revelado resultados positivos nas ilhas em que estão a ser aplicadas.

Para conter a disseminação do vírus e os níveis de mortandade entre as populações de coelhos têm sido promovidas ações destinadas a informar a população e os caçadores sobre como atuar, apelando-se a que os Serviços Florestais locais sejam imediatamente avisados de animais encontrados mortos para procederem à sua recolha e registo.

Além do controle e da realização diária de vistorias e da recolha e eliminação dos cadáveres, como forma de eliminar potenciais focos infeciosos, a colocação de editais informativos em locais públicos, como portos e aeroportos, proibindo o trânsito de coelhos e seus derivados no interior do arquipélago e para o exterior, são outras das medidas agora aplicadas em Santa Maria, onde foram encontrados 144 coelhos mortos, e no Faial, onde foram recolhidos sete animais.

A implementação destas iniciativas tem permitido, até à data, uma evolução positiva na contenção dos efeitos do surto da virose hemorrágica detetada nas ilhas Graciosa, onde desde o final do mês de dezembro não são encontrados animais mortos, e nas Flores, São Jorge, Terceira e São Miguel.

Na Terceira, onde foram recolhidos 1.371 animais até esta quarta-feira, desde o dia 11 de fevereiro que não se encontram coelhos mortos, e em São Jorge, onde se recolheram 1.620 animais, não são encontrados coelhos mortos desde o dia 2 de fevereiro.

Nas Flores, onde se verificou o maior número de coelhos infetados (6.860), desde o dia 11 de fevereiro que não são encontrados animais mortos.

Em São Miguel, aguardando-se ainda os resultados dos testes laboratoriais, foram recolhidos 196 coelhos.

Esta espécie não existe no Corvo e na ilha do Pico não foi detetado nenhum caso até ao momento.

A atividade venatória ficará suspensa até que a DHV seja considerada extinta e os seus efeitos na população local de coelho-bravo sejam devidamente avaliados.

A Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente recorda que esta doença, apesar de muito contagiosa para os coelhos (bravos e domésticos), não é de modo algum transmissível aos seres humanos ou a outras espécies animais, mas considera-se que não se devem consumir coelhos eventualmente infetados.



GaCS

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