domingo, 20 de dezembro de 2015

Intervenções na orla costeira de São Miguel na sequência do mau tempo estão a ser planeadas de forma integrada, afirma Filipe Porteiro

O Diretor Regional dos Assuntos do Mar afirmou que “as intervenções necessárias” a efetuar nas zonas costeiras do sul da ilha de São Miguel, afetadas pelo temporal da última semana, estão a ser preparadas de forma integrada”.

Filipe Porteiro falava, este sábado, durante uma vistoria na Rocha da Relva, no concelho de Ponta Delgada, uma das zonas mais fustigadas pela tempestade.

“Nas praias de calhau rolado, o mar transportou os calhaus para terra, destruiu muros e terrenos adjacentes às casas e infraescavou a base dos passadiços mais elevados do trilho daquela fajã”, disse, salientando que “a intervenção será agora avaliada para reparar o acesso”.

Segundo Filipe Porteiro, “as situações mais problemáticas” no concelho de Ponta Delgada registam-se na Rocha da Relva, nalgumas zonas costeiras da freguesia do Livramento e na igreja de São Roque.

“A curto prazo o talude onde assenta a igreja será alvo de uma intervenção de consolidação que consiste na projeção de cimento nas zonas exposta”, disse, frisando que “no adro do mesmo templo serão tapadas as fendas como forma de mitigar a erosão causada pela chuva”.

Esta é uma das recomendações do estudo mais recente do Laboratório Regional de Engenharia Civil (LREC) feito naquele local onde se verificou uma derrocada, na madrugada de 16 de dezembro, que fez ruir parte do adro da igreja.

“A situação de fragilidade” do adro da igreja de São Roque, que deriva da instabilidade do talude por erosão costeira, “já estava identificada”, assegura o Diretor Regional, lembrando que a Direção Regional dos Assuntos do Mar já havia solicitado ao LREC uma avaliação do local “para permitir uma intervenção abalizada de consolidação”.

Filipe Porteiro refere que “por precaução, o acesso à zona sudeste do adro estava já interditado à circulação de pessoas”, acrescentando que, na sequência da intempérie desta semana, “as condições geológicas agravaram-se” e, por isso, o LREC efetuou uma nova peritagem ao local, produzindo “em boa hora” um relatório atualizado.

As orientações do LREC apontam para a necessidade de manter a interdição de acesso à zona mais afetada, bem como o encerramento da igreja “até que estejam garantidas as condições de segurança e de estabilidade do talude fragilizado”.

Perante esta situação, a Direção Regional dos Assuntos do Mar definiu “um plano de ação que visa intervenções imediatas para mitigar eventuais perigos, bem como uma intervenção que visa a consolidação definitiva do local afetado”.

Filipe Porteiro refere que uma empresa especializada "já foi contactada" para intervir na consolidação do talude, com o objetivo de repor "as condições prévias ao temporal desta semana”.

“Depois da intempérie, estivemos no terreno para fazer o levantamento de todos os estragos”, afirmou, salientando que o Governo dos Açores tem mantido “contacto estreito” com as juntas de freguesia e as câmaras municipais dos locais mais afetados, inventariando todas as situações que exigem intervenção.

O Diretor Regional refere que no concelho da Lagoa “felizmente não houve impactos muito negativos com exceção dos danos nas casas de aprestos do Porto dos Carneiros”, e sublinha "a forma muito pronta e direta” como a autarquia atuou na limpeza das áreas mais afetadas, nomeadamente na Caloura e noutros pontos baixos daquele concelho.

Filipe Porteiro salienta ainda que em Vila Franca do Campo está prevista a proteção da base do muro de suporte da avenida marginal com um enrocamento, bem como a repavimentação da zona afetada pelo mau tempo.

A Direção Regional dos Assuntos do Mar deu por terminada este sábado a avaliação inicial das zonas costeiras do sul da ilha de São Miguel afetadas pelo temporal da última semana.

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GaCS

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