sábado, 30 de abril de 2016

Governo dos Açores alerta Comissão Europeia para a crise no setor leiteiro e defende apoios mais eficazes

O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas alertou, em Bruxelas, o Presidente da Comissão Europeia para a gravidade da situação que se vive no setor leiteiro em regiões como os Açores, defendendo a necessidade de serem concedidos mais apoios para assegurar a sustentabilidade deste importante setor da economia regional.

“A crise no setor leiteiro é grave e urgente”, afirmou Rodrigo Oliveira, frisando que “a resposta da União Europeia a esta crise não tem sido suficiente e não tem sido eficaz”.

Rodrigo Oliveira falava sexta-feira, em representação do Presidente do Governo, numa reunião dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas com o Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

Na sua intervenção nesta reunião, o Subsecretário Regional frisou que a resposta da União Europeia “não tem sido suficiente nos montantes afetos e não tem sido eficaz ao combater as causas desta crise que estão, essencialmente, num problema de escoamento”.

“Precisamos, urgentemente, de mais e melhor Europa no apoio aos produtores do leite e à sustentabilidade do setor, tendo em atenção a situação muito específica das regiões ultraperiféricas”, frisou Rodrigo Oliveira, alertando para os “efeitos muito graves” que esta crise tem nos Açores.

Nesse sentido, defendeu a necessidade de a Comissão Europeia desenvolver “as diligências necessárias ao rápido desmantelamento da questão do embargo russo”, o que permitiria o acesso dos lacticínios europeus a um mercado de grande dimensão, mas também “a aprovação de medidas e programas europeus, porque este é um problema europeu que não pode ser resolvido a nível nacional, e muito menos regional, que permitam colmatar as perdas dos agricultores, assegurar os seus rendimentos e a sustentabilidade de toda a fileira do leite”.

Para Rodrigo Oliveira, esse apoio deve passar por “um envelope financeiro adicional complementar ao programa POSEI”, salientando que o reforço deste programa destinado a agricultura “permitiria a criação e a gestão a nível regional de mecanismos de apoio que são fundamentais para a reestruturação do setor”, destacando também a importância dos apoios à exportação e à procura de novos mercados.

“As Regiões Ultraperiféricas representam a Europa no seu melhor, a Europa que valoriza e tira partido da sua diversidade, a Europa comprometida com a coesão económica, social, territorial, a Europa que se afirma e projeta globalmente mas, se a Europa não acudir aos seus agricultores, ao seu setor do leite e, muito em particular, nas suas Regiões Ultraperiféricas, estará certamente a pôr em causa estes seus princípios fundamentais”, frisou Rodrigo Oliveira.

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GaCS

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