terça-feira, 19 de julho de 2016

Governo dos Açores assina protocolo para criar área de testes de drones em Santa Maria

O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou hoje, em Vila do Porto, que a ilha de Santa Maria se apresenta como “um local com grande potencial para realizar testes com drones”, salientando que o aeroporto “tem disponibilidade de espaço e horas de pista livre e infraestruturas para armazenamento e preparação de equipamentos de utilização fácil”.

“O Aeroporto de Santa Maria está a uma distância muito curta do mar, permitindo a realização de testes sem sobrevoo de áreas habitacionais”, sustentou Fausto Brito e Abreu.

O Secretário Regional do Mar falava durante a cerimónia de assinatura do protocolo entre o Governo dos Açores, a NAV - Navegação Aérea de Portugal e a ANA - Aeroportos de Portugal para a criação na ilha de Santa Maria de uma área preparada para a realização de testes de equipamentos de médio e grande porte e sensores operados a partir de veículos aéreos não tripulados, vulgarmente denominados como drones.

“Com assinatura deste protocolo damos um passo importante para a concretização de um dos objetivos deste Governo Regional, que é o de atrair para os Açores empresas de tecnologias ligadas à fiscalização das pescas e à monitorização do ambiente marinho”, afirmou Brito e Abreu, destacando o bom desempenho dos sistemas aéreos não tripulados nestas áreas.

Segundo Brito e Abreu, “a vigilância e fiscalização marítimas são essenciais para duas áreas em que a Região tem competências próprias sobre o mar, nomeadamente a conservação da natureza e da biodiversidade marinhas e a gestão das pescas”.

Para o titular da pasta da Tecnologia, os drones são “uma mais-valia determinante do ponto de vista de custos operacionais para o sucesso das missões de fiscalização quando comparado com a utilização apenas dos meios navais e aéreos tradicionais”.

Brito e Abreu destacou a importância de dotar a Inspeção Regional das Pescas de meios tecnológicos avançados que “permitam melhorar a sua operacionalidade no terreno”, sendo que os drones são “um valioso instrumento de auxílio à fiscalização e controlo da pesca, permitindo também a recolha de informações de monitorização do ambiente marinho no arquipélago”.

Durante este evento foram ainda assinados protocolos com empresas desta área, nomeadamente a Omnidea e a Tekever, que têm interesse em investir na Região, sendo que caberá à Inspeção Regional das Pescas indicar cenários reais para que estas empresas testem esta tecnologia, designadamente em missões de fiscalização das pescas em contexto oceânico.

Entre as operações possíveis de realizar com drones encontram-se missões de vigilância das atividades pesqueiras em zonas protegidas, deteção e monitorização de desastres ambientais em meio marítimo, como derramamento de poluentes, suporte a estudos científicos, nomeadamente o controlo de parâmetros do ar ou da água do mar, ou deteção e monitorização de migrações de fauna, podendo ainda funcionar como suporte a operações de investigação do meio marinho através da recolha de dados experimentais obtidos através de sensores instalados no mar.

Nesta cerimónia, o Secretário Regional fez referência a criação do centro de investigação internacional nos Açores, salientando que diversos estudos oceânicos e de climatologia recorrem a drones.

Anexos:


GaCS

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